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Os perigos da cobiça e da inveja: como buscar o nosso Propósito

Ola! Espero que tenhas tido uma semana produtiva. Desejo-te um fim-de-semana relaxante e optimo…


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De certeza você já sentiu uma vontade de possuir aqueles calçados do/a seu/sua amigo/a, ou até mesmo já chegou a sentir-se satisfeito por alguém próximo a si não ter conseguido um emprego, uma vaga numa universidade pública, ou até mesmo satisfeito pelo outro ter perdido um bem importante. Caso diga que não, lhe convido a uma viagem na sua memória - acredito que encontre esses episódios pois esse sentimento de inveja você já teve, ou até podemos arriscar e dizer que ele ainda exista. Nós como humanos, somos sujeitos a esse sentimento.


Não precisa ficar assustado ou indignado com a minha afirmação. A verdade é que, segundo a psicanalista Melanie Klein, ainda bebê, durante a amamentação, a criança apresenta um sentimento que ela chamou de “Inveja do Seio”. Segundo essa teoria, o recém-nascido não aceita que seu alimento venha de outro ser e ele precisa estabelecer com a mãe uma relação de dependência. E é esta relação de dependência que desestabiliza a criança devido a um complexo de inferioridade em relação à sua mãe. E é a esse impulso a que chamamos de inveja, que desperta a necessidade de tomar ou estragar aquilo que lhe falta.


Para a nossa psicanalista acima referida, a inveja não é directamente proporcional à decepção ou frustração. Ela é parte da vida psíquica do ser e se fundamenta no ódio consciente ou inconsciente por causa de suas faltas ou falhas.


Desta forma, você pode até dizer: “ Ahhhhh Eunizia, eu não invejo, apenas cobiço...”. Isso nem seria um problema se você não passasse a sua vida na auto-depreciação ou, ao ver as conquistas alheias, se encher de coragem e vigor para ir em busca do "objeto" de desejo.


Não quero aqui levar a cobiça no mesmo patamar que a inveja ou assemelhá-las, mas a cobiça e inveja comprometem o equilíbrio emocional e abalam as relações interpessoais do ser. Desta forma, reconheço o quão difícil admitir que existem dentro de você sentimentos como a cobiça e a inveja.



Como situar a cobiça e a inveja?


Invejamos algo ou alguém, naturalmente, por ser detentor de boas qualidades que nos faltam, das quais nos sentimos privados. Eu pessoalmente cobiço, para não dizer que invejo, as conquistas dos outros: por exemplo, gostaria também de fazer mestrado nessa altura, pois vejo conquistas de outras mulheres e também quero chegar lá. Mas olha: isso é naturalmente bom, porém meus desejos antes de colocar uma determinada pessoa como "My role model", nunca foram de fazer mestrado.

E é isso. Todos justificamos com a cobiça, como se dela não residisse o pecado, se acha a cobiça um sentimento benévolo, vou aqui te deixar um versículo bíblico para que reflita o quão negativa a cobiça possa ser. (Já vou aqui me desculpar por usar a bíblia nesse post. Me entendam: é o ú nico livro sagrado que tenho acesso).


Assim sendo, em Êxodo 20:17


"Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seus servos ou servas, nem seu boi ou jumento, nem coisa alguma que lhe pertença."

Dando continuidade ao meu sentimento quanto a cobiça, me sentia desgastada. Entrava em conflitos comigo mesma e não tinha paz. Estava a buscar algo que a prior nunca esteve nos meus planos. Estava a fazer aquilo por cobiça sim (lógico que não vou assumir que é inveja, quem sou eu para me atribuir tamanha audácia!?), queria fazer aquilo que o outro possuía e queria me igualar aquela pessoa, novamente, não desejava nenhum mal a ninguém. Era somente cobiça.



Então, como buscar o nosso propósito?


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Todos nós buscamos várias coisas nessa vida, queremos sempre mais e a satisfação nunca é completa. Continuamos a buscar. Buscamos respostas dos nossos desejos, buscamos a satisfação da nossa cobiça, buscamos alimentar a nossa inveja, buscamos continuar na batalha. Buscamos várias coisas no nosso dia-a-dia.


Diga-me você, qual é a sua prioridade? De onde vem tanta inspiração para continuar a buscar algo? E como se comportar?


A única resposta que tenho para isso tudo nesse momento é:

"Só tendo Deus para se equilibrar um sentimento nato para que não façamos mal a ninguém e nem a nós mesmos. Por isso, a fórmula para aniquilar a inveja é simples: “Buscar a Deus acima de qualquer coisa."

Apesar de sempre querermos ouvir o nosso coração e a nossa razão, caimos no erro: nunca buscamos a Deus primeiro.


Nossa inveja ou cobiça vêm da busca pelos bens materiais, do domínio sobre os outros ou da satisfação de ver outra pessoa mal.


É responsabilidade do cristão (novamente não vou aqui falar de outra religião pelos mesmos motivos que anteriormente apresentei) buscar incessantemente o reino de Deus, em todas as suas manifestações, tendo fome e sede pela presença e pelo poder de Deus, tanto na sua vida como no meio da sua comunidade cristã.


Assim diz a palavra em Mateus 6:33

"Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."

Isto, por outro lado, não se refere simplesmente a uma busca externa. Precisamos pois estabelecer internamente, no coração.


Se alguém conseguir me explicar a vantagem de buscar ou cobiçar uma coisa pertencente a outra pessoa, correndo riscos de cair na inveja , se desgastar e, até mesmo, desejar o mal para esta pessoa, talvez mesmo eu mude de opinião- estou aqui para respeitar as opiniões de todos e aprender pois para mim cobiçamos algo do outro, na maioria dos casos, para obtermos o nosso tesouro aqui na terra, para sermos "ricos" ou, por outra, para não ser muito agressiva, para sermos "estáveis".


E qual é a vantagem de ser rico ou estável na terra mas pobre no céu?


Apocalipse 3:17-18 –

Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas."

Portanto vos digo: a ciência apura a inveja como algo nato, pois bem: ninguém quer odiar/invejar o outro. Por mais que te depares com situações de inveja e te perguntes, sendo você o sujeito que inveja, qual o motivo? não saberás explicar as causas e não somente isso, não saberás por que a exposição do sentimento de inveja por um "objecto".

A inveja é destrutiva e perigosa. Somos invejosos de natureza, mas se buscarmos primeiro o reino de Deus e a sua justiça, não precisaremos ou não teremos a necessidade de invejar a ninguém pois tudo nos será acrescentado. Temos de nos livrar da inveja, isso sim. Ja se diz: A primeira coisa que devemos buscar é buscar a Deus e o seu reino.


Use um “Não” bem firme e decidido, e em nome e poder do Espírito Santo, lute até vencer a inveja e a cobiça, junto de todos os pecados.


E assim disse Jesus: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lucas 9:23-24).


Em suma, não precisamos cobiçar nada de ninguém. somente precisamos buscar a Deus e o seu Reino, e ele nos proporcionará aquilo que nos "pertence". Viveremos somente o nosso propósito, sem precisar nos desgastar, igualar ou invejar o “próximo”. Essa é a minha opinião em torno do papel da inveja e da cobiça no nosso propósito.


Se chegaste até aqui, obrigada pela atenção dispensada.

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